Seminário temático da
Rede DLBC Lisboa reforçou dinâmica de rede participada.
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Contando com a participação de mais de uma centena de instituições, o encontro realizado no passado Sábado no Fórum Lisboa consolidou o processo de constituição da Rede como colectivo e lançou simultaneamente vários desafios para o futuro que serão abraçados de forma criativa e participada.
Contando com a participação de mais de uma centena de instituições, o encontro realizado no passado Sábado no Fórum Lisboa consolidou o processo de constituição da Rede como colectivo e lançou simultaneamente vários desafios para o futuro que serão abraçados de forma criativa e participada.
A participação e intervenção de representantes de instituições como a DG Régio – Comissão Europeia, da Agência para o Desenvolvimento e Coesão e da Área Metropolitana de Lisboa teve o grande mérito de clarificar, de forma informal, algumas questões que se colocam na elaboração da candidatura da segunda fase de qualificação e sobretudo lançou alguma luz sobre o financiamento expectável, reformulando a leitura da comparticipação a 50% numa base mais coerente com a natureza das intervenções a realizar, ou seja a abordagem multifundos implicará a aplicação das regras dos fundos específicos.
Abordagem
complementar
Nicolas Gharbi da DG Régio fez o enquadramento europeu da
estratégia DLBC que articulou com
outras plataformas territoriais como as ITI – Intervenções Territoriais
Integradas enquanto que Rosa Simões da Agência para o Desenvolvimento e Coesão
foi particularmente pertinente na valorização desta nova abordagem como
complemento de outras actuações como os CLDS, as RIS, as Redes Sociais, as
Redes Família Escola, os BIP-ZIP no que classificou de “pacotes dinâmicos”.
Demétrio Alves , como representante da Área Metropolitana de
Lisboa, apresentou vários alertas que para alem dos aspectos políticos
comportaram uma dimensão prática e operacional como seja os prazos disponíveis
para realizar esta operação com sucesso. A título de exemplo, a AML encara com
muito pessimismo a possibilidade de nos próximos meses de Julho e Agosto serem
cumpridas as várias funções previstas no processo nomeadamente a própria
emissão de parecer da estrutura metropolitana.
Mesa redonda
A mesa redonda que abriu o debate entre os participantes do
Seminário Temático contou com os contributos de Carlota Dias da DGE – Direcção
Geral da Educação que referiu vários exemplos de práticas nas escolas
associadas a programas como os TEIP – Territórios Educativos de Intervenção
Prioritária que podem ser um bom ponto de partida para pensar futuras
estratégias integradas de base local. Gonçalo Xufre, presidente da ANQEP –
Agência Nacional para a Qualificação e do Ensino Profissional reafirmou a
importância do ensino profissional nas estratégias locais de desenvolvimento.
Desmistificou o ensino profissional como o “ensino dos mais pobres” e destacou
os méritos próprios das modalidades de ensino que se interligam com a prática
profissional não se limitando a abordagens teóricas. Neste plano retomou o
conceito de competência (conhecimentos, aptidões e atitudes) como
verdadeiramente útil para as organizações e as pessoas. Surpreendeu quando
referiu que o curso de Medicina é o exemplo, por excelência, de ensino
profissional. Referiu ainda que as
actividades de orientação, ou de encaminhamento. dos mais jovens, poderão
ser exercidas pelas organizações de base local de forma particularmente eficaz,
o que constitui um autêntico desafio para os futuros projectos DLBC .
Abordagens específicas
Miguel Lourenço do ACM – Alto Comissariado paras as
Migrações foi categórico na necessidade de envolvimento das empresas nas parcerias locais e recomendou a
construção de soluções de emprego e empregabilidade com a participação dos mais jovens numa
abordagem inclusiva. Maria José Domingos da Rede Europeia Anti-Pobreza
relembrou que o combate à pobreza
não se limita ao quadro territorial e local já que existem trabalhadores que,
apesar de estarem a trabalhar, são pobres. Recomendou que as parcerias
locais se envolvam em processo de cooperação mais marcados pela partilha e
menos focados na abordagem especializada de cada instituição que a compõe.
Finalmente João Afonso, vereador da Câmara Municipal de Lisboa, com o pelouro
da área social, relembrou as práticas promissoras que podem ser identificadas
nos programas em curso na cidade e sugeriu uma atitude inteligente de
aproveitamento de todos os recursos associada a uma abordagem inovadora que a
estratégia DLBC também exige.
Workshops à tarde
Da parte da tarde do Seminário Temático foram organizados
workshops por áreas territoriais que envolveram uma centena de participantes
que procuraram definir bases para o aprofundamento do diagnóstico e reflectiram
sobre novas ideias para projectos de base local. Os workshops serviram ainda para
facilitar ligações e interacções entre as entidades participantes com vista à
realização de parcerias locais.
O encontro terminou com a apresentação das conclusões pelos
relatores de cada um dos grupos de trabalho sendo certo que muitas das
temáticas abordadas serão aprofundadas em iniciativas futuras do desenho da
Estratégia de Desenvolvimento Local para a Cidade de Lisboa.
(Carlos Ribeiro - Caixa de Mitos)
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